Prêmio Oceanos 2022

Líbano, labirinto, de Alexandra Lucas Coelho, publicado em Portugal pela Editorial Caminho, é o grande vencedor do Prêmio Oceanos 2022. Foto: Rui Gaudencio

Vencedores

O anúncio dos vencedores do Oceanos aconteceu pela primeira vez em um país de língua portuguesa do continente africano. Uma comitiva do prêmio – formada pela gestora cultural e coordenadora do Oceanos Selma Caetano, a jornalista e curadora Isabel Lucas e o escritor Luís Cardoso, vencedor do Oceanos 2021 – foi a Moçambique para a realização de uma programação literária de dois dias, com escritores de Brasil, Moçambique e Portugal.

A cerimônia de anúncio aconteceu em Maputo, no Centro Cultural Brasil-Moçambique, e foi transmitida ao vivo pelo site do Itaú Cultural e pelo canal do Oceanos no YouTube.

Líbano, labirinto, de Alexandra Lucas Coelho

O livro Líbano, labirinto, da escritora portuguesa Alexandra Lucas Coelho, publicado em Portugal pela Editorial Caminho, ficou em primeiro lugar. Essa é a primeira obra de não ficção a vencer o Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa.

Nas palavras do curador do Oceanos para o Brasil, Manuel da Costa Pinto, “a premiação de Líbano, labirinto tem – para além do reconhecimento de sua força literária – um grande significado simbólico para o Oceanos: pela primeira vez, o prêmio é atribuído a um livro inscrito na categoria ‘crônica’. Alinhavando histórias individuais e coletivas desse país tão ancestral quanto conflagrado, o livro associa o olhar cirúrgico sobre a realidade social e política a uma sensibilidade que a todo tempo interroga a própria experiência, dentro da tradição que leva do ensaio (em sua acepção original) à crônica contemporânea, passando pela linhagem dos grandes cronistas históricos portugueses, que fizeram da viagem o mote para flagrar o espanto diante da alteridade”.

Para Joselia Aguiar, jornalista e curadora literária que fez parte do júri que elegeu a obra, “nessa coleção de pequenas histórias de viventes no Líbano, Alexandra Lucas Coelho constrói um livro poderoso sobre os afetos e a guerra, a angústia e a esperança. A obra combina e atualiza gêneros de tradição: a crônica, a grande reportagem, a narrativa de guerra, o testemunho e a memória”.

Museu da Revolução, de João Paulo Borges Coelho

O romance Museu da Revolução, do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, publicado em Portugal também pela Editorial Caminho e no Brasil pela Kapulana, conquistou o segundo lugar. É a segunda vez na história do Oceanos que um livro moçambicano se classifica entre os vencedores – na edição de 2018, o livro de poemas O deus restante, de Luís Carlos Patraquim, ficou entre os premiados.

O professor moçambicano Artur Bernardo Minzo, que também compôs o júri final do Oceanos, destacou no romance a abordagem crítica das funções dos museus, da memória das pessoas e dos próprios livros como “utensílios” de construção das identidades nacional e universal. “Museu da Revolução esgravata as diferentes formas de (in)compreensão sobre as ‘guerras’ do projeto humano sempre inconcluso, destacando-se a guerra suprema pela vida e os ‘subconjuntos’ correlacionados: a guerra colonial em si, a guerra de tropas contra tropas inimigas, a guerra de países e suas ideologias antagônicas, a guerra de desejo de soldados contra o corpo de mulheres desprotegidas. Mas, sobretudo, é a metáfora assombrosa da desqualificada e repugnante negação de valores como a vida, o amor, a paz, amizade, a verdade e a razão.”

O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk

Na terceira posição, ficou o romance O som do rugido da onça, da brasileira Micheliny Verunschk, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, que venceu também o Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário.

De acordo com a poeta brasileira Júlia de Carvalho Hansen, também membro do júri do Oceanos, “O som do rugido da onça é um acontecimento literário raro. Afinal, o livro transforma os tempos passado e futuro, criando um romance histórico que é também contemporâneo. Embora apresente parentescos com autores como Guimarães Rosa ou Mia Couto, enquanto apreende perspectivas de conhecimentos e mitos ameríndios, a escrita desse romance de Micheliny Verunschk se faz única, reinventando com sofisticação e alegria a língua portuguesa. Além da rica originalidade textual, sua narrativa transporta e utiliza dentro da ficção questões urgentes aos debates contemporâneos: sejam elas ligadas à decolonialidade; ao reconhecimento da potência dos saberes da floresta ou mesmo da necessidade tão sutil como firme de operar a literatura através de posturas feministas”.

O Oceanos é realizado em três etapas de votação até chegar aos vencedores. Ao todo, foram 7.881 leituras realizadas pelos três júris que se sucederam na seleção de semifinalistas, finalistas e vencedores.

O valor total da premiação é de 250 mil reais, sendo 120 mil para o primeiro colocado, 80 mil para o segundo e 50 mil para o terceiro.

 

Júri final

Participaram do júri final, que leu e avaliou os dez livros finalistas para escolher os três vencedores, os brasileiros Cristhiano Aguiar, Guilherme Gontijo Flores, Joselia Aguiar e Júlia de Carvalho Hansen; o moçambicano Artur Bernardo Minzo; e as portuguesas Ana Cristina Leonardo e Helena Vasconcelos.

 

Autores premiados

Alexandra Lucas Coelho nasceu em Lisboa, Portugal, em 1967. Tem 14 livros publicados, entre ficção, não ficção e infantojuvenis. Trabalhou por cerca de 30 anos como repórter, cronista e editora, na rádio e na imprensa. Recebeu vários prêmios de jornalismo e de literatura. Em 2012, recebeu o Grande Prêmio da Associação Portuguesa de Escritores (APE) pelo seu romance de estreia, E a noite roda.

João Paulo Borges Coelho. Foto: Divulgação

João Paulo Borges Coelho nasceu no Porto, Portugal, em 1967, e naturalizou-se moçambicano. É escritor, historiador e professor da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Publicou 13 livros, entre os quais destacam-se As visitas do Dr. Valdez, vencedor do Prémio José Craveirinha, e O olho de Hertzog, vencedor do Prémio LeYa.

Micheliny Verunschk. Foto: Renato Parada

Micheliny Verunschk nasceu em Recife, Pernambuco, em 1972. Escritora e historiadora, é também mestre em Literatura e Crítica Literária e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo. Publicou dez livros, entre poesia e prosa, como Geografia íntima do deserto, Nossa Teresa – Vida e morte de uma santa suicida, que venceu o Prêmio São Paulo de Literatura, e O movimento dos pássaros.

 

Finalistas

O Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2022 anunciou em novembro os dez livros finalistas, que passaram para a última etapa de avaliação. Integraram a lista diferentes gêneros literários – dois livros de contos, um de crônicas, um de poesia e seis romances.

Os dez finalistas contemplaram três nacionalidades: quatro brasileiras – Micheliny Verunschk, com O som do rugido da onça; Maria Fernanda Elias Maglio, com Quem tá vivo levanta a mão; Ana Martins Marques, com Risque esta palavra, e Tatiana Salem Levy, com Vista Chinesa –, três moçambicanos – João Paulo Borges Coelho, com Museu da Revolução; Pedro Pereira Lopes, com O livro do homem líquido, e Teresa Noronha, com Tornado – e três portugueses – Alexandra Lucas Coelho, com Líbano, labirinto; Djaimilia Pereira de Almeida, nascida em Angola, com Maremoto, e José Gardeazabal, com Quarentena – Uma história de amor.

O conjunto dos livros foi publicado no Brasil, Moçambique e Portugal, e apenas dois deles publicados em mais de um país: Museu da Revolução Vista Chinesa – ambos publicados no Brasil e em Portugal.

 

Júri intermediário

O júri inicial – formado por 122 poetas, professores e críticos literários – elegeu, pela plataforma digital que recebe os livros inscritos, os dois júris subsequentes. Do júri intermediário, que selecionou as dez obras finalistas entre as 65 semifinalistas, participaram Jeferson Tenório, Nina Rizzi, Paulo Scott e Prisca Agustoni, do Brasil; João Luís Barreto Guimarães e José Riço Direitinho, de Portugal; e Teresa Manjate, de Moçambique.

 

Conheça os finalistas do Oceanos 2022

– Líbano, labirinto, de Alexandra Lucas Coelho – Editorial Caminho – Crônica portuguesa

– Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida | Relógio D’Água – Romance português

– Museu da Revolução, de João Paulo Borges Coelho | Editorial Caminho e Kapulana – Romance moçambicano

– O livro do homem líquido, de Pedro Pereira Lopes | Gala-Gala Edições – Conto            moçambicano

– O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk | Companhia das Letras – Romance brasileiro

– Quarentena – Uma história de amor, de José Gardeazabal | Companhia das Letras Portugal | Romance português

– Quem tá vivo levanta a mão, de Maria Fernanda Elias Maglio | Patuá – Conto brasileiro

– Risque esta palavra, de Ana Martins Marques | Companhia das Letras – Poesia brasileira

– Tornado, de Teresa Noronha | Exclamação – Romance moçambicano

– Vista Chinesa, de Tatiana Salem Levy | Todavia e Elsinore – Romance brasileiro

 

Semifinalistas

A edição 2022 do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa classificou 65 obras semifinalistas. Concorreram autores de distintas nacionalidades: 45 escritores brasileiros, 12 portugueses, cinco moçambicanos, uma luso-angolana, um angolano e um cabo-verdiano. Concorreram obras publicadas por 40 diferentes editoras – 25 do Brasil, 11 de Portugal, três de Moçambique e um de Cabo Verde. Quanto à diversidade de gêneros literários, foram selecionados 27 romances, 18 livros de poemas, 14 de contos, cinco de crônicas e uma dramaturgia.

Nesta edição, oito autores semifinalistas foram publicados em mais de um país de língua portuguesa – número mais representativo desse intercâmbio literário entre todas as edições do prêmio. Editados no Brasil e em Portugal, concorreram A pediatra, da brasileira Andréa Del Fuego (Companhia das Letras Brasil e Portugal), As doenças do Brasil, do português Valter Hugo Mãe (Porto e Biblioteca Azul), Atirar para o torto, da portuguesa Margarida Vale de Gato (Tinta-da-china e Macondo), Mundo, da portuguesa Ana Luísa Amaral (Assírio & Alvim Portugal e Brasil), Museu da revolução, do moçambicano João Paulo Borges Coelho (Editorial Caminho e Kapulana), e Vista chinesa, da brasileira Tatiana Salem Levy (Todavia e Elsinore).

O caçador de elefantes invisíveis, do moçambicano Mia Couto, foi editado em Moçambique e Portugal (Fundação Fernando Leite Couto e Editorial Caminho), e Safras de um triste outono, do cabo-verdiano Arménio Vieira, foi publicado em Cabo Verde e no Brasil (Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros).

Mundo, da escritora portuguesa Ana Luísa Amaral, concorreu de maneira póstuma, uma vez que o regulamento do prêmio admite a premiação de escritores que venham a falecer após a inscrição do livro. Ana Luísa morreu em 5 de agosto.

Houve ainda sete autores estreantes entre os semifinalistas, todos brasileiros: Caetano Romão, com Um nome inteiro disposto à montaria (7Letras); Carol Braga, com Minha raiva com uma poesia que só piora (Urutau); Fábio Horácio-Castro, com O réptil melancólico (Record); Luciana Tiscoski, com Área de broca (Nave); Luiza de Carvalho Fariello, com Essa palavra eu não falo (Patuá); Marana Borges, com Mobiliário para uma fuga em março (Dublinense); e Vinícius Mahier, com Eu confundi um vaga-lume com um acidente de avião (Macondo).

 

Processo

Entre maio e agosto deste ano, os 2.452 livros inscritos foram lidos e avaliados por um júri internacional composto de 122 escritores, poetas, professores e críticos literários. Esse primeiro júri elegeu as 65 obras semifinalistas e escolheu, por votação, os membros dos júris subsequentes (intermediário e final).

Conheça aqui os jurados da primeira fase do Oceanos 2022.

 

Conheça os semifinalistas do Oceanos 2022

– A gaivota ou a vida em torno do lago, de Susana Fuentes | 7Letras – poesia brasileira

– A nota amarela, de Gustavo Melo Czekster | Zouk – romance brasileiro

– A pediatra, de Andréa Del Fuego | Companhia das Letras Brasil e Portugal – romance brasileiro

– Afastar-se (treze contos sobre água), de Luísa Costa Gomes | D. Quixote – conto português

– Alguns dias violentos, de Ismar Tirelli Neto | Macondo – poesia brasileira

– América – um poema de amor, de Mariana Ianelli | Ardotempo – poesia brasileira

– Área de broca, de Luciana Tiscoski | Nave – conto brasileiro

– As doenças do Brasil, de Valter Hugo Mãe | Porto e Biblioteca Azul – romance português

– As formigas do Tavinho e outras recordações, de Almiro Lobo | Alcance – conto moçambicano

– Atirar para o torto, de Margarida Vale de Gato | Tinta-da-china e Macondo – poesia portuguesa

– Autobiografia não autorizada, de Dulce Maria Cardoso | Tinta-da-china – crônica portuguesa

– Baixo esplendor, de Marçal Aquino | Companhia das Letras – romance brasileiro

– Bicho geográfico, de Bernardo Brayner | Cepe – romance brasileiro

– Clube dos niilistas, de Tom Correia | Urutau – conto brasileiro

– De cada quinhentos uma alma, de Ana Paula Maia | Companhia das Letras – romance brasileiro

– Degeneração, de Fernando Bonassi | Record – romance brasileiro

– Deste silêncio em mim, de Rui Conceição Silva | Visgarolho – romance português

– Deus pátria família, de Hugo Gonçalves | Companhia das Letras Portugal – romance português

– Discurso sobre a metástase, de André Sant’Anna | Todavia – conto brasileiro

– Elefantes no céu de piedade, de Fernando Molica | Patuá – romance brasileiro

– Essa palavra eu não falo, de Luiza de Carvalho Fariello | Patuá – conto brasileiro

– Eu confundi um vaga-lume com um acidente de avião, de Vinícius Mahier | Macondo – poesia brasileira

– Impressão sua, de André Dahmer | Companhia das Letras – poesia brasileira

– Introdução à pintura rupestre, de José Tolentino Mendonça | Assírio & Alvim – poesia portuguesa

– Jerusalém de nós – peça em um ato, de Leo Lama | É Realizações – dramaturgia brasileira

– Líbano, labirinto, de Alexandra Lucas Coelho | Editorial Caminho – crônica portuguesa

– Máquina, de Eleazar Venancio Carrias | Urutau – poesia brasileira

– Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida | Relógio D’Água – romance português

– Menino sem passado, de Silviano Santiago | Companhia das Letras – romance brasileiro

– Minha raiva com uma poesia que só piora, de Carol Braga | Urutau – poesia brasileira

– Mobiliário para uma fuga em março, de Marana Borges | Dublinense – romance brasileiro

– Mundo, de Ana Luísa Amaral | Assírio & Alvim Portugal e Brasil – poesia portuguesa

– Museu da revolução, de João Paulo Borges Coelho | Editorial Caminho e Kapulana – romance moçambicano

– Nós só compreendemos muito depois, de Laís Araruna de Aquino | Corsário-Satã – poesia brasileira

– Notas sobre a impermanência, de Paula Gicovate | Faria e Silva – romance brasileiro

– O caçador de elefantes invisíveis, de Mia Couto | Fundação Fernando Leite Couto e Editorial Caminho – conto moçambicano

– O canto dela, de Ana Kiffer | Patuá – romance brasileiro

– O castiçal florentino, de Paulo Henriques Britto | Companhia das Letras – conto brasileiro

– O deus das avencas, de Daniel Galera | Companhia das Letras – conto brasileiro

– O drible da vaca, de Mario Prata | Record – romance brasileiro

– O evangelho segundo Madalena, de Marcelo Pagliosa | Reformatório – romance brasileiro

– O livro do homem líquido, de Pedro Pereira Lopes | Gala-Gala Edições – conto moçambicano

– O livro dos pequenos nãos, de Heloisa Seixas | Companhia das Letras – romance brasileiro

– O mais belo fim do mundo, de José Eduardo Agualusa | Quetzal – crônica angolana

– O réptil melancólico, de Fábio Horácio-Castro | Record – romance brasileiro

– O rinoceronte na parede, de Frederico de Oliveira Toscano | Urutau – conto brasileiro

– O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk | Companhia das Letras – romance brasileiro

– Purgatório, de Pedro Eiras | Assírio & Alvim – poesia portuguesa

– Quarentena – uma história de amor, de José Gardeazabal | Companhia das Letras Portugal – romance português

– Quem tá vivo levanta a mão, de Maria Fernanda Elias Maglio | Patuá – conto brasileiro

– Querida cidade, de Antônio Torres | Record – romance brasileiro

– Resistências íntimas e outros itinerários, de Lucilene Machado | Patuá – crônica brasileira

– Risque esta palavra, de Ana Martins Marques | Companhia das Letras – poesia brasileira

– Safras de um triste outono, de Arménio Vieira | Rosa de Porcelana e Casa Brasileira de Livros – poesia cabo-verdiana

– Só as hienas matam sorrindo, de Aramyz | Urutau – conto brasileiro

– Também guardamos pedras aqui, de Luiza Romão | Nós – poesia brasileira

– Tornado, de Teresa Noronha | Exclamação – romance moçambicano

– Transfer, de Kevin Kraus | Editacuja – crônica brasileira

– Tristia, de António Cabrita | Porto – poesia portuguesa

– Um nome inteiro disposto à montaria, de Caetano Romão | 7Letras – poesia brasileira

– Uma exposição, de Ieda Magri | Relicário – romance brasileiro

– Vazão 10.8 – a última gota de morfina, de Diógenes Moura | Vento Leste – romance brasileiro

– Vingar, de Danielle Magalhães | 7Letras – poesia brasileira

– Virando o Ipiranga, de Guilherme Purvin | Terra Redonda – conto brasileiro

– Vista chinesa, de Tatiana Salem Levy | Todavia e Elsinore – romance brasileiro

 

Concorrentes

Os 2.452 títulos concorrentes ao Oceanos 2022 foram escritos por autores de 17 diferentes nacionalidades e publicados em sete países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Estados Unidos, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

Houve crescimento de 34% no número de obras inscritas em relação à edição anterior: 621 livros a mais que os 1.831 concorrentes ao Oceanos 2021.

Apenas do continente africano, o aumento foi de 121% no número de escritores participantes. Foram inscritos 62 livros de autores nascidos em Angola (18), Cabo Verde (8), Guiné-Bissau (3), Moçambique (31) e São Tomé e Príncipe (2), todos escrevendo e publicando originalmente em língua portuguesa.

Entre os gêneros literários avaliados, a poesia – com 1.130 livros – correspondeu a 46,1% das inscrições. Os romances somaram 743 obras e representaram 30,3% do total; os livros de contos – 372 inscrições – perfizeram 15,2%, seguidos por 156 volumes de crônicas – 6,3% – e 51 obras de dramaturgia – 2,1%.

A lista de livros concorrentes está disponível aqui.

Acesse o Regulamento do Oceanos 2022.

 

Curadoria e coordenação

Participam da curadoria do Oceanos 2022 o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane e presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, os jornalistas Isabel Lucas, de Portugal, e Manuel da Costa Pinto, do Brasil, e a pesquisadora Matilde Santos, de Cabo Verde, que também é curadora da Biblioteca Nacional do país. A coordenação-geral fica a cargo da gestora cultural luso-brasileira Selma Caetano.

 

Parcerias

O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa (DGLAB); com o apoio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, do Itaú Cultural (IC) e do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde; e com o apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).